
Nome científico: Aloe vera L.
Sinonímia Científica: Aloe barbadensis mil, Aloe vera (L.) Burm f., A. chinensis Bak.,
A. elongata Murray, A. indica Royle, A. officinalis Forsk, A. perfoliata L., A. rubescens
DC, A., vera L. var. littoralis Köning ex Bark., A. vera L. var. chinensis Berger, A.
vulgaris Lam, A. perfoliata vera L., A. humilis Blanco, A. vera L. Var. officinalis.
Nome popular: Babosa, Sávila (espanhol), Ghrita-Kumari (sânscrito), Jadam
(malásia) e Lu-Hui (chinês), Aloe, Aloe de Barbados (Espanha), Aloés de Curaçao
(Inglaterra), Aloés (França), Aloés de Curaçao (Alemanha), Erva-babosa, Erva-deazebre, Caraguatá e Caraguatá-de-jardim.
Família: Liliaceae.
Parte Utilizada: Folhas .
Composição Química: Aloína, heterosídeos antraquinônicos (barbaloína), emodina
livre, resina, polissacarídeos (aloeferon) e esteróides (lupeol e campesterol).
Formula molecular: N/A
Peso molecular: N/A
CAS: N/A
DCB: N/A
DCI: N/A
A babosa é uma planta que tem folhas triangulares, grossas, suculentas, orladas de
espinhos em serrilha, flores pendulares vermelhas, reunidas em cacho.
A folha de babosa é carnosa e contém no seu interior um líquido claro, viscoso e
macio, semelhante a uma geléia.
Indicações e Ação Farmacológica
Hidratação: Ao penetrar profundamente nas três camadas da pele (derme, epiderme
e hipoderme), graças à presença de ligninas e polissacarídeos a Aloe vera restitui os
líquidos perdidos, tanto naturalmente como por deficiências de equilíbrio ou danos
externos, reparando os tecidos de dentro para fora nas queimaduras (sol e fogo),
fissuras, cortes, ralados, esfolados e perdas de tecidos.
Os polissacarídeos da Aloe vera contêm hidrogênio e Ormus concentrados, que
aumentam a hidratação das células epiteliais. O hidrogênio cria a hidratação e os
compostos de Ormus aceleram a cura, diminuem o envelhecimento e ajudam no
rejuvenescimento das articulações. Os polissacarídeos também podem estimular a
produção de colágeno, que retém a umidade, resultando em uma pele de aparência
mais jovem.
O enxofre contido na Aloe vera apresenta-se em formas similares ao DMSO
(dimetilsulfóxido) e a seu parente químico importante, o MSM (metilsulfonilmetano).
Essas duas formas de enxofre são eficientes para hidratar tecidos secos e rígidos
(com perda de colágeno, com rugas, endurecimento dos órgãos, etc), restaurando
assim a irrigação, elasticidade e flexibilidade.
Inibição da dor: Os princípios ativos da Aloe vera têm uma notável capacidade de
penetração até os planos mais profundos da pele, inibindo e bloqueando as fibras
nervosas periféricas – receptores da dor – interrompendo de modo reversível a
condução dos impulsos. Além disso, reduz a dor por possuir uma poderosa ação antiinflamatória.
Ação anti-inflamatória: A Aloe Vera tem uma ação similar a dos esteroides, como a
Cortisona, mas sem seus efeitos colaterais, por isso é útil em problemas como
bursites, artrites, lesões, golpes, mordida de insetos e outros. E é um ótimo produto
para combater infecções crônicas da bexiga.
Aloe vera auxilia o restabelecimento do equilíbrio fisiológico, com ação regeneradora,
tônica e emoliente, age diretamente nas diferentes camadas da pele. Devido à sua
ação enzimática, proporciona grande poder de penetração, nutrição, ideal para o
crescimento e reprodução celular, auxiliando o organismo no constante processo de
desintoxicação. Através desta ação, o processo de penetração nas células aumenta,
contribuindo para a remoção de células mortas. Consequentemente, os poros ficam
limpos, permitindo uma absorção maior de oxigênio vital à regeneração celular.
Trabalhos divulgados recentemente apresentam o extrato de Aloe vera 5:1 como
potencializador da absorção da vitamina C pela pele, melhorando assim sua
biodisponibilidade e concentração nas camadas mais profundas, com melhores
resultados terapêuticos.
Aloe vera estimula a circulação sanguínea, aumentando a tonicidade da pele. Os
nutrientes contribuem para manter a elasticidade dos músculos, produzindo
flexibilidade, tonificação, hidratação e proteção à pele. Sua ação adstringente torna a
pele firme, mantém a umidade natural, pH balanceado e melhor tonicidade.
Energética e nutritiva: Uma das propriedades mais importância da Aloe vera é que
contém 19 aminoácidos essenciais, necessários para a formação e estruturação das
proteínas que são à base das células e tecidos, e também minerais como cálcio,
fósforo, cobre, ferro, manganês, magnésio, potássio e sódio, todos os elementos
indispensáveis para o metabolismo e atividade celular.
Em estudo realizado com Aloe vera. A acemanana, Polissacarídeos presentes na Aloe
vera nas concentrações de 2 até 16mg/mL, aumentou de maneira significativa a
proliferação de fibroblastos gengivais e estimulou a secreção do fator de crescimento
de queratinócitos e do fator de crescimento vascular endotelial, além de colágeno do
tipo I. Todas essas substâncias estão diretamente ligadas com a cicatrização, uma
vez que desempenham papeis importantes, como re-epitelização tecidual, formação
de vasos sanguíneos e formação de tecido conjuntivo.
Toxicidade/Contraindicações
Pacientes com hipersensibilidade a substância. O uso de preparações de Aloe vera
deve ser evitado em pessoas com alergia a plantas da família Liliaceae (alho, cebola e
as tulipas)
Dosagem e Modo de Usar
Extrato seco 5:1: Uso tópico, de 3 a 10% em cremes, géis e loções.
Extrato seco 200:1: Uso tópico, de 0,5 a 3% em cremes, géis e loções
Extrato glicólico: Uso tópico, de 2 a 6% em cremes, géis e loções.
Tintura: Uso interno, 20 – 30 diluídas em água, até 3x ao dia.
Tintura-Mãe: Uso interno, até 40 gotas por dia.
Não se aplica fator de correção.
Referências Bibliográficas
Informações do fornecedor.
RESOLUÇÃO – RE Nº 5.052, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2011.
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DAVID, W. Superalimentos – A alimentação e os remédios do futuro. 1ª edição,
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extrato do parênquima de reserva, da fração polissacarídica (fp) e da
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