
Nome científico: Angelica archangelia L.
Sinonímia Científica: Angelica officinalis Hoffm; Angelica norvegica Rupr.
Nome popular: Angélica da bohemia; erva do espírito santo; erva dos anjos.
Família: Umbelliferae.
Parte Utilizada: Rizoma e raiz.
Composição Química:
Sua raiz é abundante em monoterpenos: β- felandrenos, β-cariofileno, α e β- pinenos, limoneno, furanocumarinas, contendo mais de 20 tipos distintos, especialmente angelicina, bergapteno, isoemparatorina, xantoltoxina, arcangelicina, ácidos orgânicos (ácido valérico, palmítico, angélico); ácidos fenólicos (clorogênico, acido cafeico); princípios amargos; açúcares; taninos; resina; flavononas, etc. Também possui ésteres alifáticos e terpênicos. O óleo essencial do fruto é rico em felandrenos, cumarinas e furanocumarinas.
Formula molecular: N/A
CAS: N/A
DCB: N/A
DCI: N/A
Peso molecular: N/A
Planta bienal ou perene, aromática, de raiz fusiforme e caule reto, cilíndrico, fistuloso, estriado e suculento, de até 2m de altura. Folhas alternas, cilíndricas, pecioladas, bipinatisetadas com segmentos opostos subcodiformes, ovados, agudos dentados e o terminal lobado. As folhas são branco-esverdeadas, dispostas em grandes umbelas terminais, quase globulosas. O fruto é ovoide, bilocular, comprimido, com sementes deprimidas e resinosas. Toda a planta tem odor forte e sabor picante.
Indicações e Ação Farmacológica
As principais ações farmacológicas estão referidas ao sistema digestivo, em especial pelo seu efeito antiespasmódico, eupéptico, carminativo, coletérico e hepatoprotetor. Sendo indicada para casos de má digestão, dilatação estomacal, cólica abdominal, icterícia, vômitos, insuficiência hepática, flatulência e diarréia. Também tem função dermatológica devido a presença das furanocumarinas que são substâncias fotossensibilizantes, que topicamente provoca a formação de um produto tóxico dermolesivo em presença de radiação UVA. As lactonas do óleo essencial também têm demonstrado propriedades antissépticas e antifúngicas. Estudos também demonstraram efeito sobre o músculo liso vascular e da traquéia, expectorante, anti-inflamatório, atividade sedante e anticonvulsivante em animais, efeito vasodilatador coronário e antitrombótico. Toxicidade/Contraindicações As cumarinas potencializam os efeitos de anticoagulantes, portanto, deve-se administrar sob monitoramento em pacientes com história de sangramentos. O contato do suco com a pele causa fotossensibilização, devido às furocumarinas. Não deve ser usada durante a gestação.
Dosagem e Modo de Usar
Rasura: 2g (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infuso ou decocto, conforme a parte usada, até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12h;
Pó: 5 a 10g diários.
Referências Bibliográficas
ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina. Isis Ediciones. 1998.
ÁVILA, L. C. Índice terapêutico fitoterápico- ITF. 2 ed. Petrópolis, RJ. 2013.
TESKE, M.; TRENTINI, A. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia. Herbarium. 1994.