
Nome científico: Fucus vesiculosus L.
Sinonímia científica: Alga Fuci vesiculosi.
Nome popular: Fucus, alface do mar, cavalo marinho, cavalinho do mar e alga vesiculosa, no Brasil; bodelha, botilhão, botelho, botilhão vesiculoso, em Portugal; lechuga de mar, fuco vejigoso, sargazo veijigoso e encina marina, em língua espanhola; chêne marin, varech, laitue marine, verech vesiculeleux, na França; seeiche e blasentang, na alemanha; bladderwrack, seawrack, kelpware, black-tang, bladder fucus e cutweed, em inglês.
Família: Fucaceae.
Parte Utilizada: Planta inteira.
Composição Química: Polissacarídeos mucilaginosos: algina, fucoidina, lamirano ou laminarina; polifenois. Oligoelementos e sais minerais: abundante em iodo (em forma de sais e unido a proteínas e lipídios), potássio, bromo, cloro, magnésio, cálcio, ferro, silício. Manitol, princípios amargos. Vitaminas e provitaminas A e D, lipídios (glucosidialilglicéridos).
Formula molecular: N/A
Peso molecular: N/A
CAS: N/A
DCB: N/A
DCI: N/A
Trata-se de uma alga marinha pertencente à família das Fucáceas, caracterizada por apresentar um talo coriáceo, delgado e ramificado, cor verde ao verde amarelado (pertencente ao grupo das algas pardas e feofíceas em que a cor verde da clorofila fica mascarada por outros pigmentos de cor marrom), de 1-1,5 cm de largura e até 1 m de comprimento, de qual partem frondes lenhosas, bífidas nas extremidades que se fixam nas rochas, com nervo central grosso e bordas lisas. Nos ápices destas frondes se encontram os órgãos reprodutores. Fucus cresce extensamente, de maneira silvestre, em águas pouco profundas nas costas atlânticas nororientais, principalmente do Canadá, do Canal da Mancha, Mar Báltico, Mar do Norte, Bretanhã, assim como nas costas da Península Ibérica (desde do país Vasco até Andaluzia) e também nas costas dos Estados Unidos. Em algumas zonas do Oceano Atlântico cobrem grandes superfícies, sendo conhecidas essas áreas como mar de los sargazos.
Indicações e Ação Farmacológica:
Indicado no tratamento de hipotireoidismo, obesidade, adiposidades localizadas, bulimia, úlceras gastroduodenais, hiperlipidêmias, mal estar, diarréias. Topicamente possui características de ativador da microcirculação, regulador da hidratação e suprimento dos tecidos, estimulante das células cutâneas, amaciante, emoliente, suavizante. A abundância de sais minerais faz do fucus uma planta remineralizante. O iodo confere uma ação estimulante da tiróide. Favorece os processos catabólicos, e é utilizado como coadjuvante no tratamento de emagrecimento. Os sais potássicos são diuréticos. A grande capacidade de entumecer da algina induz uma sensação de satisfação gástrica. E devido a grande capacidade de aderência e seu poder de revestimento pode atuar como protetor das mucosas digestivas. É laxante suave e, por seu poder absorvente, antidiarreico. O alginato de cálcio se usa como hemostático local de ação rápida.
Toxicidade/Contraindicações
Deve ser usado por prescrição médica: Quando se utilizar sob a forma descontrolada (freqüentemente como automedicação para perder peso) ou em caso de hipersensibilidade pessoal, pode produzir um quadro de intoxicação (iodismo), devido a uma hiperatividade tireóidea, caracterizada por um quadro de ansiedade, insônia, taquicardia e palpitação. Não prescrever formas de dosagens com conteúdo alcoólico para administração oral a pacientes em processo de desintoxicação alcóolica.
Dosagem e Modo de Usar
Uso Interno:
–TM: 20 gotas diluídas em água duas vezes ao dia.
Uso Externo:
Extrato Glicólico: até 10% em emulsões, géis, loções e outros produtos cosméticos.
Referências Bibliográficas
ALONSO, J, R. Tratado de Fitomedicinal. Editora Isis. 1998.
BOORHEM, R. L.; LAGE, E. B. Drogas e extratos vegetais utilizados em fitoterapia. Revista Fitos Eletrônica, v. 4, n. 01, p. 37-55, 2013.
BARNES, J; ANDERSON L. A., PHILLIPSON, J. D; Fitoterápicos. Editora Artmed, Porto Alegre 3ª edição p.362.