
Nome científico: Persea americana Mill.
Sinonímia Científica: Persea grantissima Gaertn.
Nome popular: Abacateiro, Guadite, Louro-abacateiro.
Família: Lauraceae.
Parte Utilizada: Folha, Fruto e semente.
Composição Química: Sacarina gordurosa e cerácea, resina cristalizada, substância albuminóide, e da perseita cristalizada é extraído um açúcar especial, carboidratos, substâncias amargas, perseitol, óleos essenciais, óleo fixo, mucilagens, taninos, pigmentos, carotenóides (amarelos) e clorofila (verdes); O extraído óleo da polpa possui glicerídeos de ácido oleico (ácido graxo monoinsaturado) 61% a 95%; 10% de compostos insaponificáveis, esteróis e ácidos voláteis, vitamina D. As sementes do abacate possuem ácidos graxos, álcoois, compostos insaturados excepcionalmente amargos. As folhas do abacate possuem 3% de óleo essencial de estragol e anetol.
Formula molecular: N/A
Peso molecular: N/A
CAS: N/A
DCB: N/A
DCI: N/A
Árvore de copa arredondada e densa, de 12 a 20 metros de altura, nativa da América central. Folhas simples, cartáceas, tronco curto revestido por casca parda e áspera. Flores andróginas ou hermafroditas, pequenas, perfumadas, cor verde amarelada, reunidas em racemos axilares e terminais, formadas na primavera.
Indicações e Ação Farmacológica: Diurético, antirreumático, carminativo, antianêmico, antidiarreico e anti-infeccioso para rins e bexiga, além de estimular a secreção de bile pelo fígado, estomaquímico, emenagogo e balsâmico. É anti-inflamatório, antimicrobiano e contra enfermidades neurodegenerativas. O uso popular confere um efeito estimulante do fluxo menstrual, antiflatulento, afrodisíaco, abortivo a parasiticida. Em cosméticos o óleo de abacate é usado puro ou diluído visando estimular a síntese de colágeno na pele, o que retarda a formação de rugas e estrias. O abacate possui alto teor de vitamina E poderoso antioxidante que age inibindo a formação de radicais livres, ajudando assim diminuir os sinais de envelhecimento. Em estudo comparativo entre oito óleos o abacate foi o que apresentou maior efeito de absorção dos raios ultravioleta (UV) do sol, agindo assim com filtro solar para cosmético. Um estudo publicado no Jornal Wound Care em 2008 confirmou que o óleo de abacate tanto por via externa ou interna possui propriedades eficientes na cicatrização de feridas e escaras. O óleo de abacate é rico em altas concentrações de Beta-sitosterol. Este esterol em estudo clínico demostrou efeito de reduzir os níveis de colesterol no sangue. Usado junto com alimentação ele associa as gorduras e age bloqueando a absorção do colesterol pelo corpo. Ele tem ação direta no fígado equilibrando os níveis de colesterol, diminui o LDL e aumenta o HDL. O sitosterol quando conjugado com lecitina (outra substância presente no óleo de abacate) agrega-se as gorduras ruins no sangue facilitando sua eliminação pela urina, ajudando assim desobstruir os vasos sanguíneos. O Beta-sitosterol também tem ação sobre as enzimas do fígado inibindo a enzima 5-alpha redutase responsável pela redução dos níveis de testosterona. Esta queda de testosterona ocasiona uma serie de problemas com a ligação da Di-hidrotestosterona a receptores androgênicos na próstata ocasionando sua dilatação e problemas vasculares que podem levar a impotência. Esta ligação a receptores hormonais nos folículos pilosos levam ao surgimento de calvície.
Toxicidade/Contraindicações: Não apresenta toxicidade nas dosagens indicadas.
Dosagem e Modo de Usar
Uso Interno:
– Infusão (folhas): 50g, em um litro de água. Tomar uma xícara, 3 a 4 vezes ao dia;
– Extrato Seco (folhas): 1 g ao dia;
– Óleo (Fruto e semente): 2 a 4 mL ao dia;
Uso externo:
– Decocção (folhas): Na forma de compressas locais várias vezes ao dia;
– Óleo (Fruto e semente): 0,1 a 5% em produtos para tratamento de pele e cabelo. Pode ser usado em massagem.
Referências Bibliográficas
ALONSO, J, Tratado de Fitofármacos y Nutracêuticos, Ed. Corpus, 2004.
COIMBRA, R. Manual de Fitoterapia, 2ª ed, Cejup, 1994.
LASZLO, Fabian. O Milagroso Óleo de Abacate.
LORENZI, H.; MATOS, F.J. A.; Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. Nova Odessa, SP. Instituto Platarum, 2008.
PHARMACOPÉIA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL. Companhia Editora Nacional, 1ª Ed, 1929.
TESKE, M.; TRENTINI, A M.M,. Herbarium – Compêndio de Fitoterapia. 3ºedição revisada, Curitiba.