O Autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), tem sido amplamente estudado pela ciência moderna, revelando aspectos neurológicos, genéticos e ambientais como fatores influentes em seu desenvolvimento. No entanto, a psicossomática nos convida a um olhar mais amplo, buscando compreender não apenas os sintomas e classificações, mas a mensagem oculta por trás da manifestação desse estado do ser.
O Corpo Como Expressão da Alma
A psicossomática nos ensina que o corpo não apenas adoece, mas fala. Ele expressa, por meio de sinais e sintomas, aquilo que muitas vezes a mente consciente não consegue processar ou verbalizar. No caso do autismo, podemos nos perguntar: que mensagens estão sendo transmitidas por aqueles que vivem dentro desse espectro?
O Autista, muitas vezes, apresenta uma hipersensibilidade ao mundo exterior. Sons, toques, cheiros e até interações sociais podem ser intensamente percebidos, levando a reações que a sociedade convencional tem dificuldade de interpretar. Nessa perspectiva, podemos refletir: estaria o autista reagindo a um mundo que se tornou excessivamente agressivo e invasivo? Seria sua aparente introspecção uma forma de autopreservação, uma tentativa de manter-se conectado a um universo interior mais seguro e coerente?
A Origem Psicossomática: Uma Visão Simbólica
A psicossomática analisa as doenças e condições humanas como expressões de conflitos internos profundos, muitas vezes enraizados na ancestralidade e na gestação. Pesquisas dentro dessa abordagem sugerem que o autismo pode estar relacionado a um desejo inconsciente de proteção extrema, seja da própria alma ou de padrões herdados de gerações anteriores.
Dentro desse contexto, há relatos de mães que, durante a gestação, viveram períodos de grande estresse, medo ou rejeição ao mundo externo. O bebê, ainda em formação, pode absorver essa informação e “escolher” se fechar em um universo interno como forma de se proteger. Da mesma maneira, aspectos transgeracionais, como traumas familiares não resolvidos, podem influenciar a expressão dessa condição.
Como a Psicossomática Pode Auxiliar?
A abordagem psicossomática propõe um olhar de acolhimento, compreendendo o autismo não como um erro biológico, mas como um chamado para a escuta profunda. Técnicas como a Homeopatia, a Acupuntura e terapias energéticas podem ajudar a harmonizar a sensibilidade dos autistas, proporcionando um ambiente onde possam expressar-se de maneira mais equilibrada.
Além disso, o suporte emocional aos pais é fundamental. Ao trabalharem suas próprias questões internas e transgeracionais, os responsáveis podem proporcionar uma relação mais harmônica e compreensiva com seus filhos, ajudando-os a encontrar meios saudáveis de interação com o mundo.
Conclusão: Uma Nova Forma de Compreender
O autismo, sob a ótica psicossomática, nos convida a sair do reducionismo diagnóstico e adentrar no território da alma. Cada ser autista carrega uma mensagem, um chamado para um mundo mais sensível, menos ruidoso e mais respeitoso às individualidades. Ao invés de apenas tentar “adaptá-los” à nossa sociedade, talvez devêssemos nos perguntar: o que podemos aprender com eles?
Que essa reflexão nos inspire a enxergar além das etiquetas e a compreender que, por trás de cada comportamento, há uma alma em sua jornada única de existência.