Nome científico: Nasturtium officinale W.T. Aiton.
Sinonímia Científica: Sisymbrium nasturtium-aquaticum L.; Cardaminum nasturtium Moench; Cardamine nasturtium-aquaticum L. Borbás; Radicula nasturtium-aquaticum L. Britten & Rendle.
Nome popular: Agrião, agrião-aquático, agrião-d’ água, agrião-da-europa, agrião-dasfontes, agrião-de-lugares-úmidos, agrião-oficial, berro, berro-d’água, mastruço-dosrios, nastúrcio.
Família: Brassicaceae.
Parte Utilizada: Folhas e talos.
Composição Química: Gliconasturcina, o precursor glicosinolato do feniletil isotiocianato, benzil glicosinolato e benzil isotiocianato Nas partes aéreas encontra-se provitamina A, vitaminas B2, B6, C e D, nicotinamida, manganês, ferro, fósforo, iodo, cálcio, L-fenilalanina, rutina, nitritos (3-fenilpropionitrilo, 8-metiltiooctanon-nitrilo) e flavonoides (3-O-soforosídeos de ramnetina, ramnazina), megastigmano triterpenos e tetra-nortriterpenos (limonoides e protolimonoides do grupo gedunino), taninos e carotenos.
Formula molecular: N/A
CAS: N/A
DCB: N/A
DCI: N/A
Peso molecular: N/A
Indicações e Ação Farmacológica
Os compostos sulfurados do agrião possuem propriedades expectorantes e antissépticas sobre a árvore respiratória. O organismo converte a gliconasturcina em feniletil isotiocianato, que também é liberado quando se mastiga a planta fresca. Em modelos com animais, o glicosinolato do feniletil isotiocianato (PEITC) e os isotiocianatos sintéticos atuaram como inibidores do carcinogênico específico do tabaco, a nitrosamina-4-(metilnitrosamino)-1-(3-piridil)-1-butanona. Os glicotiocianatos normalmente estimulam as secreções gástricas e biliares, principalmente após mascar as folhas do agrião. O feniletilsevenol é empregado na forma de loção capilar para diminuir a queda dos cabelos, existindo, inclusive, produtos comerciais com o composto. O ácido benzóico, na forma isolada, evidenciou propriedades antissépticas, expectorantes, analgésicas, antifebris e anti-inflamatórias. O extrato metanólico das folhas demostrou propriedades anti-inflamatórias in vivo, enquanto o sumo das folhas do agrião evidenciou atividade inibitória in vitro sobre o Mycobacterium tuberculosis, em concentrações mínimas de 1:20 microlitros. Em um estudo com cobaias submetidas à dieta rica em gorduras, a administração do extrato hidroalcoólico demonstrou potente atividade cardioprotetora, diminuindo níveis de triglicerídeos, colesterol total, LDL-colesterol, e aumentado os níveis de HDL-colesterol.
Toxicidade/Contraindicações
Interage com paracetamol, clorzoxazona, etanol. O uso prolongado pode produzir irritação das mucosas gástrica, urinária e risco de aborto em altas doses. Está contraindicado o uso interno em casos de úlceras gástricas ou duodenais, irritações na mucosa das vias urinárias, e em crianças menores de 4 anos.
Dosagem e Modo de Usar
– Extrato Fluido: de 5 a 10 mL, divididos em duas doses;
– Tintura: de 10 a 20 mL, divididos em duas ou três doses diárias diluídos em água.
Referências Bibliográficas
ALONSO, Jorge. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos – 1. ed.; Argentina, Rosario. Corpus Libros, 2004. p. 218-220.
BAHRAMIKIA, S.; YAZDANPARAST, R. Effect of hydroalcoholic extracts of Nasturtium officinale leaves on lipid profile in high-fat diet rats. Journal of Ethnopharmacoly, Jan, 2008.
CORRÊA, A. D.; SIQUEIRA-B, R.; QUINTAS, L. E. M. Plantas Medicinais: Do Cultivo à Terapêutica. – 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998. p. 65-66.
CUNHA, A. P., SILVA, A. P., ROQUE, O. R. Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia. 2003. p. 78-79.
DRESCHER, L. Herbanário da Terra – Plantas e Receitas. – 1. ed. 2001. p. 23.
FETROW, C. W.; AVILA, J. R. Manual de Medicina Alternativa para o Profissional. Editora Guanabara Koogan S.A. Rio de Janeiro, RJ. 2000. p 44-46.
KOPSELL, D.A.; BARICKMAN, T.C.; SAMS, C.E.; MCELROY, JS. Influence of Nitrogen and Sulfur on Biomass Production and Carotenoid and Glucosinolate Concentrations in Watercress (Nasturtium officinale R. Br.) Journal of Agricultural and Food Chemistry, 2007, 55 (26), p. 10628–10634.
LORENZI, H; MATOS, F. J. d. A.; Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 1a. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. p. 191.
STUART, M.; Enciclopedia de Hierbas y Herboristería. Ediciones Omega, S. A., Barcelona, 1981. Pp. 228.
TROPICOS.ORG. Missouri Botanical Garden. 05 Jul 2011.
